
O chefe de um cartel, Juan Del Monte (Karla Sofía Gascón), decide se aposentar e sumir definitivamente do meio que é conhecido. Para isso, ele busca a ajuda de Rita (Zoe Saldana), uma advogada frustrada com sua atual e desvalorizada vida profissional em uma firma focada em encobrir crimes ao invés de servir à justiça. Tudo isso contado em formato de drama com uma nova proposta de comédia musical.
"Emilia Perez", que traz Karla Sofía Gascón como a personagem título, se apresenta como uma obra ousada que promete desafiar convenções, mas, na realidade, acaba se perdendo em suas ambições. Embora a presença de Selena Gomez tenha atraído um público significativo em vários países (deve ser igual aqui no Brasil), o filme falha em se sustentar além do apelo comercial da estrela pop, que fica de terceiro plano na trama. Sua atuação, embora não desastrosa, é mediana e não se destaca em meio a um roteiro que parece mais preocupado em chocar do que em contar uma história coesa.
Karla Sofía Gascón consegue fazer bem seu papel. Diante de toda a transformação que ela passa, de um perigoso, chefe do tráfico mexicano, Juan Del Monte, para uma mulher que decide ajudar outras pessoas através de uma ong, ela consegue mesclar a frieza e delicadeza que se pede. O problema é que o projeto como um todo não ajuda a personagem a ter a profundidade necessária para conquistar o expectador. Fica difícil tirar algo de bom onde não há material suficiente.
O formato de musical, que deveria trazer vida e energia à narrativa, é um dos maiores equívocos do roteiro do diretor Jacques Audiard. As canções, em vez de elevar a trama, se tornam dispersivas e forçadas, afastando o espectador da experiência emocional que o filme tenta criar. A tentativa de a transição de gênero não acha o tom e se torna um dos problemas nos musicais. A maiorias das tentativas de inserir música parece se contentar com o superficial.
Por outro lado, Zoe Saldana, que concorre ao Oscar de Melhor triz Coadjuvante, emerge como um verdadeiro ponto alto na produção. Sua performance é envolvente e carismática, conseguindo captar a essência da personagem de uma forma que o restante do elenco, inclusive Gomez, não consegue. É frustrante ver que sua atuação brilhante é ofuscada por um enredo que não faz jus ao seu talento. Mesmo com letras preguiçosas e que tentam impactar, seus musicais são os únicos com um nível aceitável.
No mais, "Emilia Perez" se torna uma tentativa quase frustrada de chamar atenção através de sua estética e provocações sustentadas em temas impactantes. O filme pode ter conquistado prêmios, mas isso não é suficiente para encobrir suas falhas evidentes e o quanto Saldana foi importante para não ser uma perda total de tempo. Uma mistura de drama com comédia musical que talvez funcionasse só no drama e com uma abordagem mais verdadeira e dos temas.
"Emilia Perez", que traz Karla Sofía Gascón como a personagem título, se apresenta como uma obra ousada que promete desafiar convenções, mas, na realidade, acaba se perdendo em suas ambições. Embora a presença de Selena Gomez tenha atraído um público significativo em vários países (deve ser igual aqui no Brasil), o filme falha em se sustentar além do apelo comercial da estrela pop, que fica de terceiro plano na trama. Sua atuação, embora não desastrosa, é mediana e não se destaca em meio a um roteiro que parece mais preocupado em chocar do que em contar uma história coesa.
Karla Sofía Gascón consegue fazer bem seu papel. Diante de toda a transformação que ela passa, de um perigoso, chefe do tráfico mexicano, Juan Del Monte, para uma mulher que decide ajudar outras pessoas através de uma ong, ela consegue mesclar a frieza e delicadeza que se pede. O problema é que o projeto como um todo não ajuda a personagem a ter a profundidade necessária para conquistar o expectador. Fica difícil tirar algo de bom onde não há material suficiente.
O formato de musical, que deveria trazer vida e energia à narrativa, é um dos maiores equívocos do roteiro do diretor Jacques Audiard. As canções, em vez de elevar a trama, se tornam dispersivas e forçadas, afastando o espectador da experiência emocional que o filme tenta criar. A tentativa de a transição de gênero não acha o tom e se torna um dos problemas nos musicais. A maiorias das tentativas de inserir música parece se contentar com o superficial.
Por outro lado, Zoe Saldana, que concorre ao Oscar de Melhor triz Coadjuvante, emerge como um verdadeiro ponto alto na produção. Sua performance é envolvente e carismática, conseguindo captar a essência da personagem de uma forma que o restante do elenco, inclusive Gomez, não consegue. É frustrante ver que sua atuação brilhante é ofuscada por um enredo que não faz jus ao seu talento. Mesmo com letras preguiçosas e que tentam impactar, seus musicais são os únicos com um nível aceitável.
No mais, "Emilia Perez" se torna uma tentativa quase frustrada de chamar atenção através de sua estética e provocações sustentadas em temas impactantes. O filme pode ter conquistado prêmios, mas isso não é suficiente para encobrir suas falhas evidentes e o quanto Saldana foi importante para não ser uma perda total de tempo. Uma mistura de drama com comédia musical que talvez funcionasse só no drama e com uma abordagem mais verdadeira e dos temas.
Relacionadas
Ver maisFestival Internacional de Cinema da Fronteira divulga filmes selecionados
16/04/2025 às 09:57
Por Redação
Aberta seleção para jovens atores negros em Salvador para teaser de novo filme "A Ponte entre Memórias"
10/04/2025 às 10:53
Por Redação
CRÍTICA: "Regras do Amor na Cidade Grande" traz uma abordagem diferente das tramas do gênero
09/04/2025 às 12:00
Por Robson Cobain