Unnamed (48)

Se o cinema &eacute; a arte em movimento, para cineastas como Everlane Moraes, isso &eacute; um mote e um s&iacute;mbolo da vida. Em suas obras, a realizadora encontra um reflexo de sua pr&oacute;pria trajet&oacute;ria: se a ideia &eacute; se mexer, o objetivo &eacute; explorar e extravasar sentimentos e experi&ecirc;ncias. Suas hist&oacute;rias s&atilde;o apresentadas no epis&oacute;dio &ldquo;Narrativas Negras no Cinema de Everlane Moraes&rdquo;, que abre a s&eacute;rie original e in&eacute;dita &ldquo;Cin&eacute;ticas&rdquo;, uma estreia exclusiva do Curta!.
A produ&ccedil;&atilde;o foi viabilizada pelo canal atrav&eacute;s do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e apresenta, em nove epis&oacute;dios, o perfil, as obras e as ideias de cineastas latino-americanas, percorrendo a geografia intensa dessa regi&atilde;o para desvendar o cinema feito por mulheres. Para explorar o processo criativo e as influ&ecirc;ncias de Everlane, o epis&oacute;dio, dirigido por Caroline Margoni e Tila Chitunda, traz depoimentos in&eacute;ditos, imagens de arquivo de filmes da cineasta e grava&ccedil;&otilde;es que acompanham seu cotidiano e sua intimidade.
Nascida no interior baiano e criada no segundo maior remanescente quilombola urbano do Brasil em Aracaju, o Quilombo Caixa D&rsquo; &Aacute;gua, ela traduz em suas obras suas viv&ecirc;ncias como mulher negra. O quilombo, eterno espa&ccedil;o de resist&ecirc;ncia, se torna protagonista de sua liberdade de movimento, dando o nome a um celebrado e importante document&aacute;rio.
&ldquo;&lsquo;Caixa D&rsquo;&aacute;gua: Qui-Lombo &eacute; Esse?&rsquo; foi um filme muito promissor pra mim. Al&eacute;m da experimenta&ccedil;&atilde;o, foi um lugar tamb&eacute;m de milit&acirc;ncia, de discutir o pertencimento a uma cultura espec&iacute;fica, de rela&ccedil;&atilde;o com a &Aacute;frica&rdquo;, explica.
O epis&oacute;dio retra&ccedil;a a carreira e as andan&ccedil;as de Everlane. Em Cuba, encontra mais do que forma&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica como cineasta. Na ilha, se descobre latino-americana a partir dos estudos e reflex&otilde;es sobre as rotas coloniais, a escravid&atilde;o e a desigualdade. O preconceito se torna tema de seus filmes, trazendo para a arte discuss&otilde;es aparentemente simples, mas cheias de significados, como um corte de cabelo.
&ldquo;Ser documentarista daquele lugar foi algo que tamb&eacute;m me proporcionou muitas nuances da vida, do mundo. Esse senso de solidariedade, de comunidade, eu descobri s&oacute; em Cuba&rdquo;, conta.
Explorar o mundo trouxe novas perspectivas, que se somaram a mem&oacute;rias afetivas de sua inf&acirc;ncia. Everlane cresceu num ambiente que, segundo ela, parecia uma galeria, com as obras de arte de seu pai. A partir de seus quadros, n&atilde;o s&oacute; aprendeu a retratar sonhos, mas a criar conex&otilde;es a partir das artes, integrando o seu cinema aos outros saberes.
Buscando refer&ecirc;ncias nas artes, na religi&atilde;o e em suas ra&iacute;zes, a cineasta faz do seu set um terreiro. Para contar uma boa hist&oacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio se reconectar. Quando tudo parece ca&oacute;tico, &eacute; no movimento de retorno que ela reencontra os outros e a si.
&ldquo;Sou uma documentarista de alma. Uma cineasta que gosta das pessoas, do mundo e de estar em movimento. Toda vez que estou parada e com algo estancado, tento romper e transbordar e seguir o fluxo da vida&rdquo;, ressalta Everlane.
Com nove epis&oacute;dios de 26 minutos, &ldquo;Cin&eacute;ticas&rdquo; &eacute; uma produ&ccedil;&atilde;o da Alumia Filmes com dire&ccedil;&atilde;o geral e roteiro de Caroline Margoni. A dire&ccedil;&atilde;o &eacute; compartilhada com outras cineastas a cada epis&oacute;dio: Tuca Siqueira investiga a po&eacute;tica de Dominga Sotomayor em Santiago do Chile; Dea Ferraz desvela a for&ccedil;a de Luc&iacute;a Garibaldi no Uruguai; Tila Chitunda tra&ccedil;a um retrato &iacute;ntimo de Everlane Moraes na Bahia; Renata Felisatti explora a criatividade de Carolina Markowicz em S&atilde;o Paulo; Barbara Cunha aproxima-se do olhar de Glenda Nic&aacute;cio no Rio de Janeiro; Cec&iacute;lia da Fonte revela a inventividade de Jorane Castro em Bel&eacute;m do Par&aacute;; Mariana Porto investiga Graci Guarani em Pernambuco; Cynthia Falc&atilde;o revisita a obra de Renata Pinheiro tamb&eacute;m em Pernambuco; e a pr&oacute;pria Caroline Margoni, idealizadora do projeto, mergulha no universo de In&eacute;s Barrionuevo na Argentina. Os epis&oacute;dios poder&atilde;o ser vistos no CurtaOn &ndash; Clube de Document&aacute;rios, dispon&iacute;vel no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial (<a href="https://curtaon.com.br/" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://curtaon.com.br/&amp;source=gmail&amp;ust=1741701287884000&amp;usg=AOvVaw36G408aM6chDr7LxBAWci4">CurtaOn.com.br</a>), um dia depois da estreia na televis&atilde;o.&nbsp;A estreia &eacute; no dia tem&aacute;tico Quartas de Cena e Cinema, 12 de mar&ccedil;o, &agrave;s 21h30.

Unnamed (42)

Para responder a perguntas intrigantes e complexas, podemos recorrer a v&aacute;rias ferramentas. Uma cineasta, por exemplo, pode resgatar sua filmografia e suas mem&oacute;rias. Foi isso o que fez Helena Solberg, depois de ter recebido um e-mail de uma jornalista italiana que lhe indagou como v&atilde;o as mulheres, hoje, no Brasil. Com o document&aacute;rio in&eacute;dito &ldquo;Um Filme Para Beatrice&rdquo;, que estreia com exclusividade no&nbsp;Curta!,&nbsp;a cineasta analisa o cen&aacute;rio atual delas.
Viabilizado pelo canal atrav&eacute;s do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e dirigido e roteirizado pela pr&oacute;pria realizadora, o document&aacute;rio traz imagens de arquivo, trechos de obras, reportagens de jornais e depoimentos in&eacute;ditos que ajudam a reconstruir a trajet&oacute;ria de Helena, marcada por seus filmes de forte tem&aacute;tica social e feminista. A diretora relembra os contextos sociais que permearam obras como o seu primeiro longa de fic&ccedil;&atilde;o, &ldquo;Vida de menina&rdquo;, de 2005; o document&aacute;rio &ldquo;The Emerging Woman&rdquo;, de 1975, sobre a luta das sufragistas e as ra&iacute;zes de movimentos feministas; ou o seu primeiro curta-metragem, &ldquo;A entrevista&rdquo;, de 1966, que investiga e desafia sua forma&ccedil;&atilde;o burguesa e tradicional.
&ldquo;A minha gera&ccedil;&atilde;o tinha muito receio de falar certos assuntos. Eu queria falar, eu fui buscar essas pessoas&rdquo;, relembra Helena.
Adicionando as perspectivas de entrevistados como a amiga e ensa&iacute;sta Heloisa Teixeira, a escritora Helena Vieira, a drag queen Rita von Hunty (persona art&iacute;stica do professor Guilherme Terreri), a psicanalista Maria Rita Kehl e a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, Solberg debate sobre a luta e os desafios hist&oacute;ricos e contempor&acirc;neos das mulheres.
&ldquo;Tem uma coisa que acho muito bonita do feminismo, que &eacute; o humanismo. Ele incorpora tudo, pois, quando voc&ecirc; mexe com a quest&atilde;o da mulher, voc&ecirc; mexe com a sociedade inteira, com todos os valores. Vivemos uma fase que come&ccedil;a a integrar todos esses elementos, tem a quest&atilde;o de ra&ccedil;a, de meio ambiente, tudo isso tem a ver com a mulher&rdquo;, avalia.
Durante o document&aacute;rio, Helena traz seus retratos e relatos de filmagens e viv&ecirc;ncias pela Am&eacute;rica Latina, Europa e Estados Unidos. Ressalta, ainda, a import&acirc;ncia do Cinema Novo como uma nova forma de examinar a realidade e destaca o papel de sua gera&ccedil;&atilde;o na luta pelos direitos das mulheres, propondo ao debate a autopercep&ccedil;&atilde;o e a autocr&iacute;tica enquanto uma mulher branca de classe m&eacute;dia. Para a diretora, o cinema se tornou sua ferramenta para lutar por uma sociedade mais justa, expor seus sentimentos e tentar encontrar respostas &agrave;s suas d&uacute;vidas e inquieta&ccedil;&otilde;es.
&lsquo;Um Filme Para Beatrice&rsquo;&nbsp;&eacute; uma produ&ccedil;&atilde;o da Afinal Filmes viabilizada pelo Curta! atrav&eacute;s do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O document&aacute;rio tamb&eacute;m pode ser visto no CurtaOn &ndash; Clube de Document&aacute;rios, dispon&iacute;vel no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma (<a href="http://curtaon.com.br/" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://CurtaOn.com.br&amp;source=gmail&amp;ust=1741349828757000&amp;usg=AOvVaw3oc1OxGrDA7ptvGrdB3KV3">CurtaOn.com.br</a>) um dia depois da estreia no canal.&nbsp;A estreia &eacute; no dia tem&aacute;tico Sextas de Hist&oacute;ria e Sociedade, 7 de mar&ccedil;o, &agrave;s 22h20.

Música, teatro, cinema, gastronomia, moda e muito mais! #MusicaEMais

Série inédita 'Cinéticas', que apresenta perfil de cineastas lationo americanas, estreia no Curta!

Inédito documentário de Helena Solberg estreia com exclusividade no Curta!

Mais Lidas

The Town 2025: Camila Cabello se apresenta no Skyline

Jeanne Garcia Confeitaria lança menu de brunch aos fins de semana

Drop Music Brasil realiza edição especial

Universal Pictures divulga primeiro teaser trailer de M3GAN 2.0

Influenciador Filipo pede retratação da Record Bahia após aparecer em matéria