CINEMA

CRÍTICA: “GEMINI: O Planeta Sombrio” tem execução fraca para um bom tema

A humanidade mais uma vez tem sua existência à beira da extinção em “GEMINI: O Planeta Sombrio”. Agora, ela sofre com a pandemia de um vírus misterioso e devastador e, enquanto uma cura é estudada, um jovem cientista revela um processo revolucionário de terraformação, que abre caminho para a colonização de novos planetas.

Mergulhando na ficção científica e suspense, o diretor Serik Beyseu apresenta uma proposta interessante para a já corriqueira, mas aceita, trama que trata do fim da Terra e a ida da população para outro planeta. À bordo nava que é enviada com a esperança de dias melhores estão  Frank (Nikita Dyuvbanov), Leona (Lisa Martinez), Richard (Viktor Potapeshkin), David (Dmitriy Frid) e Steve (Egor Koreshkov), Ryan (Samoukov Kostya). No decorrer da viagem, eles vão perceber que algumas coisas estão erradas, mas pode ser tarde demais.

Proposital ou não, com o passar do tempo “GEMINI: O Planeta Sombrio” começa a lembrar outras produções cinematográficas. Entre elas, não há como não bater na tecla de “Alien”, talvez o mais emblemático do gênero. E as coincidências são muitas, principalmente a aparência do tripulante inesperado à bordo. E, é justamente a criatura que dá impulso ao roteiro frágil, mesmo que ela não apresente nada de tão revolucionária e até pareça fraca, se formos comparar com sua colega espacial da outra produção citada. Paralela à sua presença, tudo é contado de forma rápida, sem permitir que os personagens se desenvolvam e que a história seja contada de forma satisfatória.

Os problemas com a nova produção russa, que tinha estreia inicial para o final de 2022, vão além do roteiro. Entre as falhas, talvez uma das que mais incomoda é a escolha do elenco. Não há entre eles uma atuação que realmente se destaque de forma positiva. A impressão é que não houve um preparo para os personagens e aí não há uma verdade no que se vê em tela. A fotografia extremamente escura também causa incômodo, mas é de se relevar, por se tratar de uma produção espacial.

Por fim, “GEMINI: O Planeta Sombrio” é aquele tipo de filme que você assiste com o desejo de que tudo dê certo. O problema é que a execução de toda a ideia deixa a desejar. Mas vale a mensagem sobre os rumos da humanidade.

 

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