Em agosto, a capital paulista terá o prazer de receber um espetáculo que é uma grande homenagem à cultura e ao folclore pernambucanos e leva ao palco o legado deste grande compositor que, além do frevo, compôs para diversos ritmos como samba, baião e maracatu. “CAPIBA, pelas ruas eu vou” une de forma magistral o popular e o lírico com músicas de Capiba performadas por uma orquestra de câmara e uma coreografia emocionante. O musical faz duas apresentações, dias 5 e 6 de agosto, no Teatro Santander; e duas sessões extras dias 13 e 14 de agosto, no Teatro Sabesp Frei Caneca, prometendo transformar o palco em uma grande festa, misturando música, dança, canto, teatro, fotografia e cinema. Os ingressos têm preços a partir de R$15.
Criado a muitas mãos com o objetivo de valorizar a rica e plural cultura pernambucana, o espetáculo estreou em 2022, na comemoração aos 30 anos do projeto Aria Social, que atende crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, transformando vidas por meio da arte. Para isso, a entidade conta com aulas de dança e música, realizadas no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, zona sul da Região Metropolitana do Recife.
“Capiba é o maior compositor de frevos pernambucanos, mas sua obra vai muito além desse ritmo, com valsas, choros, maracatus, sambas, marchas e música erudita, chegando a mais de 200 composições, entre elas a ópera ‘Missa Armorial’, uma obra-prima. É isso que mostramos no espetáculo: a multiplicidade e a riqueza do legado de Capiba”, conta a bailarina Cecília Brennand, presidente do Aria Social e diretora-geral do musical. A direção musical e a regência do espetáculo são da maestrina Rosemary Oliveira, vice-presidente do Aria Social, e a concepção, direção artística e coreografia são de Ana Emília Freire.
Durante cerca de uma hora, o musical apresenta a trajetória do menino nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, em 28 de outubro de 1904. Filho de um mestre de banda, Capiba já lia partituras mesmo antes de aprender a ler. Morou na Paraíba e aos 26 anos foi para o Recife, onde trabalhou como funcionário do Banco do Brasil e cursou a Faculdade de Direito, tudo isso sem nunca deixar a música de lado.
“Valsa Verde”, uma das composições mais famosas de Capiba, é apenas uma das que, entre frevos dos anos 30, valsas apaixonadas, sambas, maracatus, ciranda, marchas e ópera, servem de trilha para ”CAPIBA, pelas ruas eu vou”, que conta também com uma orquestra de câmara e projeções de cinema e fotografias que fazem o público mergulhar no espetáculo. Seguindo o princípio do Aria Social, de educação pela arte, parte das sessões marcadas são exclusivas para instituições de ensino.
CAPIBA, pelas ruas eu vou tem figurino de Beth Gaudêncio, direção audiovisual e videografia de Max Levay, design de luz e operação de Cleison Ramos, design de som e operação de Isabel Brito e projeção de Gabriel Furtado.