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Estilista baiano traz análise sobre looks da Madonna na “Celebration Tour”

Madonna realizou no último dia 14 de outubro, a estreia da “Celebration Tour”, em Londres. A turnê tem como objetivo comemorar os 40 anos de carreira da cantora, relembrando os momentos mais icônicos da sua história na música, com isso, looks marcantes garantem um shows à parte, na apresentação da artista pop.

Mais de 40 músicas estão no repertório da turnê, hits como “Hung Up”, “Die Another Day”, “Crazy for You”, “Ray of Light” e “Like a Prayer” marcaram a noite juntamente com figurinos de tirar o fôlego. A tour, que passará por mais de 78 cidades na América do Norte, ainda não tem datas confirmadas para o Brasil.

Em suas performances, Madonna resgatou os looks mais icônicos da carreira, trazendo um ar de nostalgia e abrindo o seu retorno aos palcos em grande estilo. O estilista baiano Edymüller – conhecido pelo design upcycling e comunicação especializada de moda – trouxe uma análise a respeito das roupas utilizadas na estreia.

Todos os figurinos utilizados pela cantora trouxeram significados e referências aos discos e clipes antigos. Edymüller aponta o Red Sleep Dress como o melhor look da noite, quando a cantora performou “Papa Don’t Cry”“Nesse momento Madonna expressa toda a sensualidade, revolução e expressividade que marcaram os seus 40 anos de carreira e como complemento uma homenagem a grande Marilyn Monroe que foi uma eterna sexy simbol do século XX, uma mulher à frente do seu tempo”, segundo o estilista.

Entre várias trocas de figurinos e repertório nostálgicos, Madonna leva o público para uma verdadeira viagem no tempo, sendo este o maior objetivo da turnê. Nesse passeio pela sua carreira, a cantora traz um mix de emoção e manifestos, que para Edymüller, parte do objetivo principal da tour, “as emoções partem dessa onda nostálgica, em que a cantora nos faz viajar por 40 anos da sua carreira, através do repertório do show, do vogue como ponto principal nas coreografias, e dos looks que nos fazem reviver momentos icônicos do mundo pop e jamais esquecido pelo mundo artístico.  A manifestação vem complementando isso em toda expressividade da artista e no conjunto da obra”. 

As críticas contra Madonna surgem, em sua maior parte, por conta da idade da cantora, que aos 65 anos, segue fazendo arte e transmitindo poder através de clipes, roupas, performances ousadas e cheias de energia. O estilista baiano conta que o etarismo existe e é um grande problema, apesar de ser uma pessoa privilegiada, a artista não foge de ser alvo do hater“apesar de branca, magra e com alto poder aquisitivo, a artista não deixa de ser uma mulher que sempre expôs a sua sexualidade, liberdade e autenticidade de forma clara e objetiva seja nos look, na música ou na performance no palco. Uma mulher à frente do seu tempo, que criticou o sistema através do poder da sua arte expressiva e da sua voz não sairia ilesa à uma sociedade doente por fatores misóginos e machistas.”.

Ao todo foram 17 figurinos na estréia da “Celebration Tour”, cada um carregando um pedaço da carreira de Madonna. Edymüller comenta que a roupa com mais significado foi o kimono preto com uma auréola de anjo, composto por símbolos orientais e católicos, que fazem referência ao clipe de “Nothing Really Matters” lançado em 1998. Também chamou a atenção o look country do álbum “Music” dos anos 2000, que faturou na época mais de 11 milhões de exemplares comercializados.

 

Foto: Andre Jr

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