Nolan faz mais uma vez. O diretor de filmes como a trilogia do Cavaleiro das Trevas, A Origem, Interestelar e Tenet consegue aqui em Oppenheimer encaixar mais um novo sucesso.
Baseado no livro Prometeu Americano: O Triunfo e Tragédia de J. Robert Oppenheimer, o longa trata sobre a história do físico e seu envolvimento com o Projeto Manhattan, onde com uma equipe de célebres cientistas tornaram possível o desenvolvimento da bomba atômica, durante a segunda guerra mundial e precedendo assim a guerra fria.
Oppenheimer tem longas 3 horas de duração, porém recheadas de muita informação condensada e uma lista imensa de atores de destaque no cenário hollywoodiano, como o próprio Cillian Murphy, que faz o papel do Dr. Oppenheimer e conhecido como o “Pai da Bomba Atômica”, Robert Downey Jr, Matt Damon dentre vários outros rostos conhecidos.
As atuações são dignas de Oscar aqui neste longa. A sonoplastia e trilha sonora são cuidadosamente inseridas e equalizadas para te fazer sentir todos os espectros da trama, que como já é de se imaginar, estrondosas explosões fazem parte do repertório, onde inclusive muitas vezes o próprio silêncio também contam histórias.
Embora sua duração, Oppenheimer tem um passo, ou andamento como preferir, muito acelerado. O roteiro sabe que tem muito a ser contato, ao mesmo tempo que ele tem interesse em apresentar para o espectador a velocidade de raciocínio e lógica dos brilhantes cientistas envolvidos ali.
É sempre bom lembrar que o cenário é de existência de uma corrida armamentista velada acontecendo naquele ponto da história. Sendo assim, ao assistir esta obra meu conselho é que você não durma no ponto ou sequer saia para o banheiro, sob pena de perder importantes diálogos da trama, que apresenta diversos conceitos científicos em meio aos dramas vividos por cada personagem.
Acredito que este filme nos traz uma experiência completa, além de histórica (naturalmente nem todos os fatos são retratados fielmente, pois trata-se de uma adaptação para as telonas, porém muitos momentos e conceitos são sim bem retratadas aqui). Crises existenciais, familiares, morais e ideológicas tomam parte aqui desta obra visceral, que certamente ao seu final deixará muitos espectadores satisfeitos e com suas cabeças “fritando” como uma bomba. Assistir a esta obra em uma sala IMAX otimizou e muito a experiência, graças a sua excelente acústica e sistema de sonorização, além obviamente da incrível tela com imagens em altíssima definição.
Por Matheus Costa – Colunista Especial