CINEMA DESTAQUE

CRÍTICA: “Thor: Amor e Trovão” encontra equilíbrio entre o humor e a ação

“Raios e trovões!”, como já dizia nosso Dr. Victor, no saudoso Castelo Rá-Tim-Bum, é o que encontramos aqui neste novo longa da Marvel, Thor: Amor e Trovão, que chega aos cinemas do mundo nesta quinta-feira (7).

Desde o princípio já somos apresentados à motivação do vilão e expostos a experimentar a empatia. Um vilão aparentemente frágil, porém, abastecido de muita dor e sofrimento, obstinado a eliminar todos os Deuses do universo. Começar por aí foi sem dúvida uma ótima estratégia do estúdio.

Como está na moda em outras mídias atualmente, o filme homenageia a década de 80 de cabo a rabo, seja com o visual do Thor, que remonta ao seu visual nos quadrinhos oitentistas, até as músicas que permeiam a trilha, com bastante Hard Rock (subgênero do Rock que bombava na época), cores vibrantes e referências a outros elementos da cultura pop da época. Falando sobre este visual multicor, ele gerou críticas de alguns fãs nos filmes anteriores, mas nada que abale o legado do homem dos trovões, interpretado por Chris Hemsworth.

Ao assistir Thor: Amor e Trovão nos seus primeiros momentos de tela, é impossível não ter a sensação de pressa, com o roteiro querendo passar rapidamente por algumas explicações, a fim de abandonar logo as pontas soltas anteriores, para dar início ao que realmente importa. Passada essa fase, aí temos um andamento mais adequado. Independente disto, o roteiro é bom, mesmo ainda seguindo a fórmula Marvel no cinema, é interessante e inteligente. De quebra, podemos ter um “descanso”, por assim dizer, de toda temática de multiverso que vem rolando ultimamente.

A impressão que temos nesta nova aventura, é que o Taika Waititi conseguiu aperfeiçoar o equilíbrio entre comédia e ação, que muitos criticaram em Thor – Ragnarok. O filme não decepciona desta vez, e conseguimos dar boas risadas e nos divertir, sem sacrificar a história ou trazer a sensação de excesso. E se você gosta do meme dos bodes gritando da internet (old, porém gold), você vai agradecer.

Um dos grandes destaques nesta nova produção é o poder feminino, representado por nossa Poderosa Thor (Natalie Portman) e a Valquíria (Tessa Thompson). Suas personagens são forte e complementam perfeitamente a trama. Além disso, não há como deixar de fora a torcida pelo velho romance entre Odinson e a Jane Foster.

Ah sim, temos cenas pós-créditos, duas delas, então não deixe de ficar sentadinho para não perdê-las.

 

Por Matheus Costa – Colunista Convidado

LEAVE A RESPONSE

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *