Preparem os gritos e aplausos! O atleta baiano Filipe Esteves vai entrar em ação mais uma vez no dia 21 de outubro. Agora, o único representante da capital no esporte disputa o MMA no Fight On, principal evento da modalidade na Bahia. Fechada, a luta acontece no Clube Espanhol, às 18h, com a assinatura de Yure Carlthon (treinador de Filipe e de outros destaques, como Júnior Cigano, Cara de Sapato) e do diretor esportivo, Felipe Lucas. “A ansiedade está grande, mas estou preparado e bem apoiado por uma equipe maravilhosa. Vai ser incrível voltar a competir em casa ao lado de amigos e da família”, antecipa, ele que compartilha sua rotina de treinos e competições com os seus mais de 22 mil seguidores no perfil verificado no Instagram (@filipesteves_).
A próxima batalha de Filipe em casa, é pelo Legacy Fighting Alliance (LFA), o segundo maior evento do formato nos Estados Unidos e peneira para o UFC, seu maior objetivo como atleta. Focado, ele se mantém como o único atleta baiano que representou a Seleção Brasileira de wrestling, em 2015, e carrega a marca de primeiro lutador do Nordeste na composição oficial desde então. O lutador já participou de 10 lutas, tendo um cartel de 9 vitórias e apenas uma derrota. Com a carreira consolidada, aos 33 anos, Esteves é campeão brasileiro de wrestling em três categorias diferentes (57, 61 e 65), por isso entende que os desafios fazem parte do caminho.
Suporte integral
Por trás de cada conquista de Filipe há um arsenal de profissionais trabalhando nos bastidores pelo seu melhor desempenho, como o nutricionista Daniel Cady. Responsável pela alimentação do atleta há alguns anos, Cady exalta a sua preparação nutricional. “Filipe é muito focado, e isso é raro”, elogia, fazendo um alerta importante. “Para algumas competições, é preciso ‘secar’ muito rápido. E essa desidratação radical pode ser perigosa e ainda comprometer o seu rendimento. Por isso, os cuidados começam muito antes”, pontua Cady. Na equipe, figura ainda o empresário, Alex Davis (que também é agente de Júnior Cigano e Amanda Nunes, entre outros).
De mãos dadas
Na disputa do dia 21, Filipe terá o carinho, como sempre, da torcida de amigos, parceiros e da família lá na frente do cage. Estrutura que para ele é fundamental, assim como a base psicológica e financeira de um atleta. “O esporte educa, transforma e dá equilíbrio desde a infância. Ensina valores para a vida inteira, como respeito, disciplina e superação, mas tenho a sorte de viver isso tudo em casa também. Vou lutar com garra buscando o UFC, que é minha grande referência desde a infância. Via as lutas na TV com o pai, e agora estou nesse lugar mágico”, finaliza.
Trajetória
O lutador baiano, pela trajetória de sucesso, se mantém no radar constante do dono da franquia do UFC Dana White. Por isso, o atleta espera finalizar o próximo adversário do ranking na disputa do próximo sábado. Vale lembrar que Filipe foi um dos nomes dos destaques da LFA no Brasil em 2021 também. Ou seja, na edição de 2023, ele está com tudo para se destacar também.
Atitude de campeão
Praticamente invicto, Filipe Esteves é sucesso dentro e fora do ringue: também em 2019, ele viralizou ao vencer Rildeci Escorpião e surpreendeu, doando sua premiação ao adversário, que veio de ônibus por dois dias para a competição. “O que eu fiz é comum na minha família, e foi o correto. O evento pagaria R$ 500, e ele gastou R$ 428 de passagem. Eu não tive gasto nenhum, então nada mais justo do que o ajudar”, completa, provando que ele dá ao MMA o que o esporte tem de melhor, respeito e empatia pelo adversário.
Pai Herói
Inspirado pelo pai, Filipe Esteves ainda vive o sonho de ser lutador profissional. “Luto desde os oito anos, e meu pai sempre foi o meu maior incentivador, assim como foi do meu irmão e da minha irmã no esporte, inclusive financeiramente. Foi em 2015, quando integrei a Seleção Brasileira de wrestling, que as coisas começaram a acontecer. Hoje sou atleta do MMA, e faixa preta de judô e jiu-jitsu, mas ainda sobrevivo dando aulas de wrestling e judô para crianças em escolas de Salvador”, desabafa. Tá mais do que na hora de representantes de empresas e marcas, das iniciativas pública e privada reconhecerem o potencial do esporte para a sociedade e também em termos econômicos. “Para além do marketing, associar um nome ou marca a esportistas ajuda a valorizar o esporte e representa um incentivo para uma mudança social que tanto precisamos”, conclui Filipe.