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ENTREVISTA: Sandro Machado, o baiano no The Voice Romênia

Tem baiano conquistando o público da Romênia através da sua voz! O nome dele é Sandro Machado, natural de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, que surpreendeu os técnicos do The Voice Romênia com uma apresentação impecável de “Rise like a Phoenix”.

Formado e canto pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Sandro descobriu seu dom logo quando criança, cantando na igreja. Daí em diante, aprimorou as técnicas com aulas de canto lírico. Ele chegou a cursar administração, mas seu amor maior foi a música, onde ele segue conquistando espaço fora do país. Confira na entrevista para o Música e Mais um pouco mais sobre este talentoso artista:

Como foi sua inicialização na música?
Eu cresci em Salvador, cidade que tá tatuada na minha alma e onde eu tive toda a minha vivência musical. Meu pai era músico, trompetista e tocou e compôs muita música nos carnavais de Salvador antes de eu nascer. Meu irmão, HARRLEY, também é cantor e minha mãe tem uma voz linda e canta sempre em casa. Eu cresci cantando música gospel, meus pais se tornaram evangélicos quando eu era bem pequeno e desde os 4 anos eu cantava em coros infantis e na igreja e minha família sempre me apoiou muito e acabei seguindo nessa carreira de cantor. Fiz graduação em Canto na UFBA – Universidade Federal da Bahia de 2007-2011 e também estudei em Portugal por uma temporada, 2012-2013, na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto além de ser mestre em Ópera pela Staatliche Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Stuttgart – Universidade Estadual de Música e Artes Cênicas de Stuttgart, na Alemanha, nos anos 2015-2018.

O que mudou na sua postura como cantor quando você começou a faculdade de música?
Eu sempre levei a música muito a sério e também não faço distinção entre aqueles que estudaram ou não numa universidade. Então acho que minha postura sempre foi a mesma. Mas a universidade e os estudos me trouxeram maior domínio sobre meu instrumento, maior conhecimento técnico quanto a música, interpretação, presença de palco, de como estudar e praticar de forma mais eficiente, conhecimento de línguas e vários estilos.. tudo isso me fez um artista melhor, me preparou para trabalhos maiores, me ensinou como me manter aterrado e agir profissionalmente, com mais bagagem e me deu muita experiência.

Como surgiu a mudança do Brasil para a Romênia?
Eu já morava na Europa antes de vir pra cá. Depois que terminei meu mestrado na Alemanha eu passei um período sem saber se eu queria mesmo fazer ópera… eu sabia que queria cantar, mas não sabia o que… Visitei a Romênia algumas vezes e fiz alguns amigos em Timișoara (a cidade que eu vivo) e em 2018 vim pra cá novamente e durante a viagem me candidatei pra uma vaga de emprego para contador que pedia Português e Inglês fluente (eu fiz metade de uma graduação em Adm com Finanças anos atrás numa faculdade particular em Salvador, mas larguei pra fazer canto na UFBA, rsrs) e fui contratado. Eu tirei uma pausa da música e foquei no novo trabalho quando mudei de vez pra cá e hoje tenho minha banda, Funk28, e canto também numa banda de eventos.

E a entrada no The Voice Romênia?
Então, em 2021 eu participei de um outro concurso nessa emissora, Pro TV, o Românii Au Talent (Romanians Got Talent). Recebi 4 sims mas não fui adiante na competição. Mas a experiência nesse programa me fez perceber que um concurso voltado apenas para canto era mais “a minha praia” mas eu quis dar um tempo e focar nas minhas músicas e montar minha banda, então não me inscrevi imediatamente pra o The Voice. Esse ano as coisas aconteceram naturalmente. Soube das audições pro Vocea României 2023 aqui na cidade que eu moro, Timișoara, no último minuto e decidi participar.

O que te levou a escolher a Irina Rimes?
Eu já conhecia o trabalho dela e sempre a achei uma cantora incrível. E ela também é muito reconhecida como compositora, escreve pra vários cantores no mercado musical Romeno. Todos eles são cantores super respeitados e explanaram bem o que poderiam fazer e como poderiam me ajudar, mas eu me conectei com a Irina. E um fato que me surpreendeu foi ela já ter virado na primeira estrofe. A música que escolhi, “Rise like a Phoenix” da Conchita Wurst, é bem difícil e eu já tinha imaginado que se algum coach fosse virar a cadeira para mim seria depois do refrão, das partes mais agudas, das notas sustentadas, porque aí você “prova” que consegue dar conta de uma canção desse porte. O fato de uma cantora do nível dela ter me escolhido nos primeiros segundos da performance, diz muito da leitura musical e técnica que ela fez da minha voz e das minhas capacidades. Ela não precisou ouvir mais pra saber quem eu sou como cantor.

Qual a próxima etapa do programa?
Agora estou no aguardo da próxima fase, que são as batalhas – battles. Tô super ansioso e não posso esperar pra subir no palco do Vocea României novamente.

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