Paula Bujes estreia como cantora e apresenta “Na Sombra da Cajazeira” ao lado de Alessandra Leão
A violinista, rabequeira e compositora Paula Bujes acaba de divulgar o terceiro e último single antes do seu próximo álbum que, em outubro, marca definitivamente a sua estreia como instrumentista na música popular e também como cantora. Depois de ‘Forró Pra Seu Luiz’ – um forró com rabeca – e ‘Forró Antigo’ – um forró com violino – é a vez de ‘Na Sombra da Cajazeira’ ocupar todas as plataformas digitais. Neste som, Paula Bujes chega muito bem acompanhada de Alessandra Leão – que divide vocais, assina a produção da faixa e, ainda, do disco que está por vir. “Esse é um trabalho que venho desenvolvendo desde os atravessamentos da maternidade e da pandemia na minha vida artística, além de refletir a minha relação com a rabeca, com o violino popular e com a minha voz. Esses registros, que abrem caminhos e esquentam para o repertório completo, além de trazerem meus parceiros do Baila, conjunto de forró no qual atuo há quase dois anos, apontam para o que esperar do álbum: música instrumental e também algumas canções”, destaca Paula Bujes. No arranjo, feito coletivamente, há um encontro entre as vozes das artistas que se multiplicam e entrelaçam às rabecas da própria Paula, juntamente com o violão de sete cordas de Bruno Nascimento e as percussões de Joana Xeba e Pedro Simões.
É ‘Na Sombra da Cajazeira’ que se desenrola o enredo instigante desse baião que é a segunda parceria entre os compositores Rafa Rodrigues, músico atuante na cena de forró e samba em Porto Alegre, e Talita Procópio, compositora paulistana. Sobre a concepção, Talita conta: “Essa letra começou a ser escrita em 2018, após eu ter esperado por alguém que não apareceu, numa quinta-feira. Ela ficou guardada até 2020, quando em meio ao isolamento usávamos das possibilidades que tínhamos para seguir criando e trocando inspirações. Eu estava em São Paulo e o Rafa em Porto Alegre; decidimos abrir as gavetas e mostrar o ouro. Rafa mexeu e o baião encorpou, ganhou força, e, pelo visto, ganhou asas também e voou até Recife para cair nas mãos preciosas da Paula e todos que a colocaram no mundo com tanta sensibilidade”. A arte de capa do single foi feita por Giovanna Simões. “Esse single marca um momento muito especial na minha carreira porque torna clara uma expansão que venho vivendo há anos, indo além da cena erudita nas vivências e estudos dentro da música popular. E foi também minha relação com a rabeca dentro desse universo, mais precisamente do forró, que me instigou a inserir minha voz nesse processo, tanto como ferramenta de aproximação com o público, quanto como uma abertura para processos intuitivos que fomentaram a criação de novas músicas”, destaca a cantora.