Considerado um dos maiores artistas do Brasil, Moraes Moreira criou novos horizontes para a cultura e a arte. No dia primeiro de outubro, é comemorado o dia internacional da música, uma expressão que o músico dominava com maestria, sendo de grande destaque a sua genialidade para a história da arte.
A importância da musicalidade do compositor baiano vai além dos sons e do ritmo, influenciando a cultura brasileira e construindo as raízes do carnaval. Considerado o primeiro cantor de trio elétrico, o baiano trouxe versatilidade em suas composições, com gêneros do frevo, baião, rock, samba, choro e até mesmo música erudita.
As barreiras da música foram rompidas por Moraes. Nos Novos Baianos, compondo com Tom Zé, ele comprovou que as misturas davam certo, o frevo e o rock poderiam ser compatíveis um com o outro em suas obras, assim como demais gêneros considerados distintos, que entravam em harmonia nas composições.
Em 2007, a Rolling Stone fez uma votação para os 100 maiores discos da música brasileira, “Acabou Chorare” levou o primeiro lugar. O baiano gravou mais de 40 discos, entre eles estão os sucessos; “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira”, “Festa do Interior” e “Pombo Correio”.
De cima do trio, até as rádios, o baiano se fez presente em todas as páginas da história da música brasileira, sendo diversamente premiado e homenageado. Em Salvador, a exposição “Mancha de Dendê Não Sai”, no Museu de Arte da Bahia (MAB), traz seus maiores sucessos, histórias e as diversas facetas artísticas do mestre da música baiana.
Em homenagem ao legado duradouro refletido tanto em seu trabalho artístico, Moraes Moreira recebeu uma exposição totalmente imersiva, contando toda a trajetória da vida do artista, de forma interativa, com muita música, poesia e cores. Idealizada pela produtora cultural, diretora da Maré Produções Culturais, Fernanda Bezerra e pela cenógrafa Renata Mota, que também assina a direção de arte e curadoria do projeto, a exposição “Mancha de Dendê Não Sai” é uma iniciativa, apresentada pelo Ministério da Cultura e Instituto Cultural, que fica em cartaz durante até outubro, no Museu de Arte Moderna da Bahia, com acesso gratuito.