CINEMA DESTAQUE

CRÍTICA: “Os Aventureiros – A Origem” traz trama fraca, mas que deve agradar seu público alvo

O que poderia dar errado quando cinco jovens abandonam o grupo de excursão da escola por um museu e vão parar nas instalações de um cientista desaparecido? Se você pensou que nada dentro do comum poderia acontecer, acertou em cheio o que espera o público infantil a partir desta quinta-feira (6), com a estreia de Os Aventureiros – A Origem.

O novo filme da Warner Bros. Pictures leva às telonas Luccas Neto e a turma que o acompanha em sua série diária do YouTube. Após ativarem sem querer uma misteriosa máquina, ele são teletransportados para uma dimensão totalmente diferente da Terra que conhecem. É neste novo mundo que toda a aventura vai acontecer, enquanto Lucas, Gi (Giovanna Alparone), Jessi (Beatriz Couto), Pedro (João Pessanha) e Vitória (Karol Alves) tentam descobrir um jeito de voltar pra casa. Um dos principais desafios dos Aventureiros é encontrar as Pedras do Poder, tida por alguns moradores da Vila da Alegria como uma lenda, mas para outros uma realidade que pode mudar muita coisa, seja para o bem ou para o mal. O tempo para voltar pra casa também é outro grande adversário e faz com que a missão seja ainda mais urgente.
Dirigido por André Pellenz (D.P.A – O Filme, Minha Mãe É Uma Peça: O Filme), Os Aventureiros – A Origem também traz no elenco personagens que ajudam a dar mais dinamismo à trama. Entre eles está Catarina Gabriela Moreyra), uma guardiã forte e determinada, com a missão de proteger as Pedras. No caminho, o grupo ainda encontram a misteriosa Megan (Juliana Didone), uma cientista que se dispõe a ajudar na busca, com discurso de que o faz pela ciência. A jovem é apresentada a Luccas e os demais pelo também cientista Honório (Orlando Caldeira), que também tem sua parcela de culpa na ida deles para a outra dimensão.
Os Aventureiros – A Origem é um filme milimetricamente feito para seu público específico, o mesmo que está habituado a acompanhar Lucas Neto no YouTube. Os diálogos são fáceis e com altas pitadas de humor e situações que farão as crianças se divertirem e deixarão os pais (em sua maioria) entediados. As cenas de ação e efeitos especiais lembram o que era visto com os “Cavaleiros do Futuro”, novelinha que Angélica protagonizou no saudoso “Bambuluá”. Os acontecimentos são previsíveis, sem qualquer ápice. É uma linha que segue reta do começo ao fim, sem qualquer tentativa de ousar.
O certo é que Luccas Neto traz uma opção de entretenimento ciente de que vai ser assistido por sua bolha e não há erro nenhum nisso. No geral, seu desempenho como ator não é dos mais marcantes, mas a equipe que o acompanha compensa.
Por Robson Cobain

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