Você sempre foi o marido perfeito, o companheiro que toda mulher gostaria de ter ao lado para compartilhar todos os momentos, inclusive o sonho de terem um filho. Mas, será que você seria tão bom no “trabalho” de pai? Esta talvez seja a melhor maneira de tentar resumir o que aguarda o público em Papai é Pop, longo nacional que chega aos cinemas nesta quinta-feira (11), com Lázaro Ramos e Paola Oliveira.
Baseado no best-seller de mesmo nome, com autoria de Marcos Piangers Papai é Pop nos apresenta a história de Tom (Lázaro Ramos), um homem comum, profissional de TI, imaturo, mas muito atencioso com a esposa Elisa (Paolla Oliveira), uma advogada bastante responsável e organizada, que ama a vida que tem a dois. Eles estão esperando o primeiro filho e, diante da “novidade”, tudo será diferente. Com o nascimento de Laura, Elisa se doa 100% aos cuidados com a filha, mas Tom precisa compreender que o cenário agora é outro e que suas prioridades também precisam mudar.
A partir do nascimento de Laurinha é que temos a primeira virada de chave de Papai é Pop. O filme passa a apresentar comportamentos de Tom que nos faz refletir sobre, principalmente, empatia e afeto. Quem já é pai, certamente se questiona se foi/é um pai presente. As mães buscam na memória o quanto seus companheiros se doaram nos cuidados com os filhos. Neste turbilhão de pensamentos e cenas que fizeram ou fazem parte do cotidiano de muitas famílias, você se pega emocionado e chorando.
O abandono também é um dos fios que ligam os pontos neste belíssimo filme de Caíto Ortiz. Tom não teve a presença do pai, que abandonou ele e a mãe, a forte Gladys (Elisa Lucinda). Foi ele quem fez todos os esforços para criar o filho sozinha e sempre esteve presente, inclusive com o nascimento da neta. Gladys representa a força de milhões de mães mundo a fora, que não tiveram uma presença masculina para criar seus filhos. Elisa faz o papel com uma mistura de leveza e fibra, que te faz querer ver mais e mais a sua presença na tela.
Não há como falar de Papai é Pop sem pontuar o quanto Tom e Elisa são reais. É incrível como Lázaro e Paola nos transportam para os universos deles e nos fazem querer entender cada decisão, puxar a orelha em alguns momentos e, principalmente, torcer pela família deles, inclusive quando algo muito triste acontece e interfere diretamente na vida de todos da casa.
Para quem curte se emocionar e ao mesmo tempo de divertir, Papai é Pop está aí, com todos os elementos necessários para agradar e sem cair no clichê. Uma produção que entra para o hall de melhores de Lázaro Ramos e Paola Olliveira, além de integrar o time de melhores filmes que o cinema nacional produziu nos últimos anos. Os envolvidos merecem todos os aplausos possíveis.