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CRÍTICA: “Top Gun: Maverick” faz vôo perfeito

Quem assistiu ao clássico Top Gun – Ases Indomáveis em 1986, seu ano de lançamento, certamente não pensava que precisava ver uma continuação, até a chegada de Top Gun: Maverick nesta quinta-feira (26). Vale também para os nascidos depois e conheceram Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise)depois, na Sessão da Tarde, ou que só tiveram a curiosidade de conferir a história do piloto por conta da chegada de sua nova aventura.

Com o cronograma atrasado pela pandemia, Top Gun: Maverick teve um trabalho de divulgação bem executado, para então chegar grande às salas de cinema. E não é exagero dizer isso, pois o resultado deixa o seu primeiro longa orgulhoso do que está chegando às telonas pelas mãos de Joseph Kosinski. O diretor não teve medo de mergulhar de cabeça na nostalgia, mas de uma forma que emociona até que nunca ouviu falar do Ases Indomáveis. Por falar em emoção, vale registrar a participação de Val Kilmer, uma exigência de Tom Cruise à Paramount Pictures.

A nova trama traz Pete atualmente, quando é convocado a voltar para a Top Gun para com a missão de treinar uma turma de pilotos para executar uma complicada missão. A partir daí, o astro das alturas passa a vivenciar momentos bastante parecidos com o seu tempo de “jovem piloto cheio de ego” dos anos 80. E o melhor de tudo isso é poder enxergar o olhar de Marverick, suas preocupações em relação à missão e segurança de seus alunos. Ele sabe exatamente o que passa na mente deles e, mesmo tendo consciência de que vem de uma outra realidade, sabe que sua experiência pode ser muito mais importante que qualquer regra imposta em livros.

Além de toda a adrenalina aérea, o drama e romance marcam forte presença em Top Gun: Maverick. O personagem de Tom Cruise é colocado contra a parede por Penny Benjamin (Jennifer Connelly), apenas citada no primeiro filme, e pelo jovem piloto Bradley Bradshaw, vivido por Miles Teller. A dona do bar frequentado pelos militares tem suas queixas sentimentais para com o capitão. Já o rapaz, filho de Goose, tem mágoa causada pela interferência de Pete em sua carreira militar, além do ressentimento pela morte do pai.

Top Gun: Maverick também ganha muitos pontos pela sonoplastia. Lógico que não há uma reciclagem do clássico tema “Take My Breath Away” durante a trama. Em compensação, temos a presença nostálgica dos acordes de “Danger Zone”. Além disso, Lady Gaga faz bonito em “Take My Hand”, música tema da nova aventura e que é perfeitamente encaixada em uma das cenas. A estrela da música e cinema também colaborou na trilha sonora como um todo.

Em resumo, Top Gun: Maverick vai além de uma simples atualização de história. Ele consegue trazer a nostalgia dos anos 80 e cativar um novo público. Tem ação, drama, romance e humor nas doses certas e consegue emocionar nos mínimos detalhes. Tom Cruise mostra que ainda tem fôlego para dar ao público produções de tirar o fôlego. É também uma ótima reflexão sobre o tempo e seus efeitos na vida de cada indivíduo.

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