CINEMA DESTAQUE

CRÍTICA: “Juntos e Enrolados” apresenta uma comédia moderada

Nas produções cinematográficas de comédia romântica, o casamento é o ponto alto do final feliz entre os protagonistas, correto? Não para Daiana (Cacau Protásio) e Júlio (Rafael Portugal), que estão encarregados de conquistar o público em “Juntos e Enrolados”, uma produção Kromaki e Chamon, com coprodução da Globo Filmes.

Após dois anos de um “primeiro encontro” nada convencional, muita união e economia financeira, o casal de protagonistas resolve oficializar os laços com o tão sonhado casamento. Tudo segue bem, até Júlio receber uma mensagem no celular, que está em posse de Daiana. A partir daí, o que era apenas flores vira um verdadeiro mar de espinhos e muita confusão, envolvendo os noivos e outros convidados do evento. O que era pra ser uma linda festa de casamento se transforma em uma verdadeira guerra, onde cada lado usa o que tem para atacar e se defender.
Com a trincheira montada, temos uma experiência previsível em quase sua totalidade. Ex que aparecem e pessoas interessadas em algum dos noivos, um clássico nos filmes do gênero, não poderiam deixar de marcar presença. O bom é que eles estão muito bem representados por Emanuelle Araújo e Marcos Pasquim, que entregam ótimas participações. Falando em boas entregas, Evelyn Castro, Fafy Siqueira e Neusa Borges também se destacam em seus papéis como melhor amiga da noiva e mães dos noivos, respectivamente.
O casal Júlio e Daiana é sem dúvidas o acontecimento de “Juntos e Enrolados”. E isso não é só por serem protagonistas. É muito bom ver Cacau Protásio em cena, com personagens que demandem mais camadas de seu ótimo trabalho. Ela é um dos grandes nomes da comédia nacional e neste trabalho podemos ver também seu lado mais sensível. Rafael Portugal é de um carisma contagiante, daquela pessoa que às vezes não importa se o texto não é dos mais trabalhados, mas ele consegue te fazer embarcar na onda. A escolha destes protagonistas foi o maior acerto desta produção dirigida por Eduardo Vaisman e Rodrigo Vanderputt. Cacau e Rafael funcionaram muito bem juntos, com sintonia, sem forçar a barra para tentar agradar o público.
Mesmo com ótimos protagonistas e um elenco de suporte competente e talentoso à altura, “Juntos e Enrolados” acaba se enrolando em outros aspectos. O roteiro é meio arrastado em boa parte do filme, dando um certo cansaço em alguns momentos. As situações que deveriam trazer os risos são mornas em sua maioria. Em resumo, é uma sensação de “quase lá” que nós gostaríamos que realmente chegasse lá.
Com seus acertos e deslizes, “Juntos e Enrolados” está entre nós. Pode não ser a comédia do ano (ainda estamos no início dele), mas vale o momento, principalmente pela entrega do elenco e equipe envolvida. É certo que você vai se identificar com algum momento.

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