MÚSICA

Com “Multidimensional”, Pris explora autoconhecimento e experimentação

Ela até tentou seguir outros caminhos profissionais. Formada em administração de empresas, viveu experiências no mundo corporativo, mas nada como o sonho da adolescente de 15 anos, que cresceu ouvindo fatos curiosos dos artistas do rock e assistindo aos clipes preferidos do pai, gravados em VHS. A música, a afinidade com os artistas que o pai a apresentou e o talento falaram sempre mais alto e, nesta sexta-feira (8), a cantora e compositora paulistana Pris apresenta seu primeiro álbum, ponto alto de sua carreira musical, à qual vem se dedicando nos últimos 6 anos.

Intitulado “Multidimensional”, o projeto marca um momento de maturidade e aprofundamento nas produções da artista. Com oito faixas – sendo cinco em inglês e três em português, incluindo as já lançadas “Discipline”, “Heart Closed” e “Olhos de Mar” – o álbum aborda, como grande temática, a não linearidade da vida, a multidimensionalidade de nós seres humanos.

“Sou muito ligada nos assuntos de consciência, dos estudos sobre as leis do universo, as leis naturais que regem nossa vida. Acredito que não estamos limitados à uma só dimensão, nossa mente está acima do espaço-tempo e, sendo seres multidimensionais, conseguimos enxergar por diversos ângulos. As músicas desse trabalho trazem esse pensamento reflexivo sobre a vida”, diz. “Esse é o primeiro trabalho mais profundo que lanço, no sentido de ter mais unidade, mais conceito e mais músicas”, completa.

Das quatro faixas inéditas, “Make Us Proud” ganha destaque ao abordar uma postura de incentivo necessário para dar o melhor de si em sua vida, para que possa olhar no espelho e sentir orgulho do que vê. “A letra é irônica e debochada, como se eu estivesse tirando uma com a cara do meu ego para deixar de me identificar com aqueles comportamentos. Ela foi escolhida como faixa foco do álbum porque o próprio álbum foi concebido de forma que eu pudesse realmente me orgulhar do meu trabalho. Além disso, acho que ela amarra bem as faixas do álbum em termos de elementos sonoros”, explica Pris, que ainda lançará um clipe dessa canção, gravado em Paris.

PROFUNDIDADE E TRANSIÇÃO

Falando em sonoridade, apesar de ter nascido em berço de rock’n’roll, a artista vive uma transição de estilos em sua carreira autoral agregando e explorando elementos sonoros como o neo soul, rap-jazz, a bossa nova e o lo-fi. “Foi maravilhoso poder me entregar tanto e viver a atmosfera de criação por completo, em total presença. Tanto compondo sozinha em casa, quanto criando no estúdio e experimentando com esses novos estilos”, comenta a artista.

Produzidas por Guto Guerra – que assina toda a discografia de Pris –, as canções carregam influências do som de Tom Misch, Mac Miller, Masego, FKJ e Billie Eillish. Além de Halsey, para a composição e de Anderson .Paak para a bateria de todo o álbum. “Também fui pegando referências de jazz e da MPB mais clássicas para criar algo mais moderno. Misturando o analógico, já que gravamos tudo em live, com alguns beats e elementos do digital”, comenta a cantora.

Após seus recentes lançamentos, a cantora comemora o processo gratificante e de retorno do público, com expectativas positivas para o lançamento do álbum. “Eu vivi cada um dos 3 lançamentos que fiz até agora, como se ele fosse um universo particular em si. As músicas tem sido recebidas com muito carinho e isso me deixa feliz. O mais legal tem sido ver que os feedbacks do público para cada uma delas está super alinhado com a intenção que eu coloquei ao fazê-las”, finaliza Pris.

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