MÚSICA

Julia Branco lança clipe de “Baby Blue”

Reconhecida por suas composições sensíveis e marcantes, a cantora e compositora Julia Branco lança o aguardado clipe de “Baby Blue”, faixa-título do mais recente álbum. O lançamento do clipe vem acompanhado de uma narrativa intensa e emotiva que complementa, cena a cena, a profundidade e a sonoridade única da canção – guiada por gêneros como blues e bossa nova, além de destacar nuances do jazz. 

Composta em parceria com Bruno Cosentino, é descrita por Julia como “a canção mais cremosa do disco”, tendo ganhado forma durante um período de transformações na vida da artista. 

“Bem no começo da pandemia, naqueles meses obscuros de 2020, o artista Fábio Lamounier me convidou para um projeto onde ele criava um vídeo em cima de um texto – uma música ou um poema em parceria com um artista. Eu fiz o esboço de uma canção para esse projeto, que chamei de ‘Trocando de Pele’.” 

Em 2021, quando Julia engravidou, já no movimento do novo disco, mandou esse esboço ao Bruno, seu amigo e parceiro de composição. Agora, com o lançamento do clipe de “Baby Blue”, ela mergulha ainda mais fundo na essência do projeto, trazendo à tona as múltiplas camadas de significado que permeiam a track. A produção musical é de Ana Frango Elétrico, considerada por Julia como “a gênia dos temas instrumentais e quem tem feito o que há de mais interessante na música hoje.”

“Baby Blue” reflete sobre amor, transição e os desafios da maternidade, como destaca a cantora: “Fala sobre estar numa fase de transição de um estado para o outro”. O videoclipe de “Baby Blue” foi dirigido por Virgínia Pitzer, que também fez parte da direção dos três clipes já lançados do disco (“Fim e começo”, “Lost in the paradise” e “Silêncio”). Já os movimentos da artista foram conduzidos pela coreógrafa Morena Nascimento, ex-membro da Wuppertal Tanztheater. 

“Toda a narrativa do clipe parte dos meus movimentos conduzidos por Morena. A ideia era remeter ao sonho, ao tempo ‘que não passa durante o puerpério’, ao conforto, movimentos que partem da pele, do encontro comigo mesma, das memórias, dos devaneios.”

O trabalho audiovisual, além de ser marcado pela colaboração entre profissionais mulheres – algo já muito presente na obra de Branco – é um mergulho nas complexidades da maternidade e transformações pessoais, capturando a essência poética e emocional da música. “A cena inicial do clipe é também muito especial. Ele começa na vertical e eu ‘abro’ a tela para o formato horizontal. Isso me remete ao corpo que tem que abrir para receber uma criança e, também, a mudança de estado/forma, que está presente na letra”, finaliza.

Foto: Sillas H

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