Viola Davis, Julius Tennon, Taís Araújo e Melanie Clark comandaram a mesa “Contos de Afrodiáspora” no primeiro dia de discussões do Festival Liberatum, nesta sexta-feira (3), no Centro de Convenções de Salvador. Com participação recorde do público, os convidados conversaram sobre a criação de histórias negras a partir de um ponto de vista decolonial.
“Nossas histórias ainda não foram contadas. Mesmo quando aparecemos é sempre do ponto de vista do colonizador”, afirma Viola Davis sobre histórias negras.
“A publicidade, o cinema e a televisão têm a responsabilidade de reconstruir essas histórias do nosso ponto de vista e a gente tem que sentir que é possível reconstruir esse imaginário”, completou Taís Araújo.
“As visões colonialistas nos dizem que a única verdade que importa é a dos colonizadores e a gente trabalhando numa indústria que pensa dessa forma.Eles não entendem o poder da diáspora porque é vasto, diverso, rápido e ainda é guiado pelo poder antigo dos ancestrais. Os conquistadores tentam destruir nossa história mas eles não conseguem e é por isso que estamos aqui”, diz Melanie Clark.
O Festival segue até o dia 6 com uma programação repleta de grandes nomes e discussões sobre a cultura negra, diversidade e inclusão.