Idealizado pela atriz, cantora, autora, compositora e produtora Eline Porto, ela se prepara para apresentar ao público o espetáculo “Por Elas – Um Musical sobre a força do canto feminino”, primeiro espetáculo brasileiro da sua produtora Andarilho Filmes. Mergulhando em histórias autênticas de mulheres reais, o musical, dirigido por Stella Maria Rodrigues e com direção musical de Claudia Elizeu e Erica de Paula, tece um fio condutor de emoção e ressonância através da música, e faz sua estreia especial em Ipatinga, Minas Gerais, no Teatro do Centro Cultural Usiminas, dias 28 e 29 de outubro, retornando aos palcos em 2024, para uma curta temporada no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, de 10 de janeiro a 08 de fevereiro.
Motivada por sua paixão por narrativas diversas e impulsionada por uma profunda conexão com as mulheres de sua família, Eline embarcou, nos últimos três anos, na jornada de compreender as raízes e os caminhos trilhados pelas gerações que a precederam. O resultado, culminado em um musical inédito, é a celebração da resiliência feminina, contada através de mais de 20 músicas que ecoam em cada capítulo das vidas dessas mulheres extraordinárias, o que inclui sucessos de nomes como Gal Costa, Rita Lee e Elza Soares, com arranjos vocais exclusivos.
Para a artista multifacetada, que coleciona algumas indicações à prêmios, entre elas a mais recente, ao Prêmio Bibi Ferreira, na categoria de Melhor Atriz por seu trabalho em “Bonnie & Clyde”, este projeto marca sua estreia como autora teatral, uma expansão natural de seu talento também para a escrita, e que já havia sido demonstrado em roteiros para produções audiovisuais, incluindo a websérie “Eu Persona”. Ao dividir a narrativa em cinco monólogos centrais e diversas outras cenas, ela aborda com sensibilidade, através de jogos teatrais, fazendo um paralelo entre a força das mulheres brasileiras e a grandeza musical das cantoras homenageadas, temas cruciais na construção social do papel da mulher.
“Fui criando as personagens como uma colcha de retalhos, com base em histórias diversas que já ouvi e também da minha imaginação. Digo que é uma grande celebração da força e união feminina, representando a interconexão entre diferentes origens. Cuidei de perto de cada detalhe, incluindo a escolha da identidade visual, que usa de uma imagem principal com todas as mulheres entrelaçadas, simbolizando o apoio mútuo, a sororidade e o acolhimento presente na jornada de cada uma, representado também na cor mais presente e que tem esse elo: o Amar-elo”, revela Porto.
Pensando em um elenco diversificado, Eline reuniu nomes que admira não apenas por suas habilidades artísticas, mas também pela essência humana que trazem ao palco, e entra em cena ao lado de Jana Figarella, artista nortista que não só brilha como atriz, mas também é reconhecida como talentosa compositora e percussionista. Marya Bravo, fonte de inspiração para Eline, traz sua potência vocal e presença marcante ao espetáculo. Estrela Blanco, conhecida por seu timbre diferenciado e encantador, e Suzana Santana, que cativou Eline no musical “A Cor Púrpura” com sua notável habilidade artística, além de três músicos que acompanham o grupo, preparado vocalmente por Beto Sargentelli.
Com uma equipe criativa majoritariamente feminina à frente de um projeto inspirador, a direção conta com o talento e sensibilidade de Stella Maria Rodrigues e a assistência de Renata Ghelli. A direção musical e os arranjos são liderados por Claudia Elizeu e Erica de Paula, que despontam na indústria musical. Juliana Gama assume a direção de movimento, trazendo sua expertise em narrativa corporal. A iluminação, confiada a Adriana Ortiz, a cenografia pensada por Beto Sargentelli e o design de som, realizado por João Paulo Pereira, prometem criar um ambiente visual e sonoro envolvente. Já o visagismo fica por conta de Marcos Padilha, enquanto o figurino é assinado por Kátia Gimenez e a direção de arte por Gustavo Perrella.
“ ‘Por Elas’ é um musical feminil, popular e que aposta em uma duração curta e uma equipe reduzida, o que o torna atrativo para a itinerância, uma vez que temos o intuito de levá-lo a outros estados e cidades do país. E embora comunique com todos os gêneros e idades, acredito que o público homenageado vai se identificar bastante, seja com as histórias ou com o repertório musical, embalado por sucessos de grandes nomes da música nacional e internacional”, finaliza.
ELINE PORTO, PARA ALÉM D’ELAS
Presença marcante tanto nos palcos do teatro musical quanto nas telas do audiovisual, vem conquistando seu espaço pautado na versatilidade artística. Com um currículo que inclui produções de peso como “Cássia Eller – O Musical”, “Dois Filhos de Francisco”, “Os Últimos 5 Anos”, “Nautopia” e muitas outras, Eline continua a se destacar como uma das figuras mais promissoras do cenário artístico contemporâneo.
Recentemente indicada ao Prêmio Bibi Ferreira como Melhor Atriz por sua interpretação arrebatadora em “Bonnie & Clyde”, Eline expressa sua gratidão e entusiasmo pela honra recebida. Para ela, essa indicação representa a culminação de anos dedicados ao estudo, empenho e persistência no mundo da atuação. “Bonnie & Clyde” desafia os limites da performance, conduzindo-a por uma montanha-russa emocional na pele de uma personagem complexa, que vai desde uma jovem sonhadora até uma figura obscura e obsessiva, cuja jornada é entrelaçada por uma partitura musical intrincada.
Além de seu sucesso nos palcos, Eline também reserva tempo para novos projetos no universo do audiovisual. Sua presença poderá ser vista em breve em séries como “B.O” da Netflix e na aguardada série “Betinho”, prestes a estrear no Globoplay. Além disso, Eline demonstra sua versatilidade ao desempenhar papéis adicionais como roteirista e diretora em clipes e teasers de lançamentos.
No âmbito musical, Eline recentemente lançou seu primeiro álbum autoral, intitulado “Coração na Boca” – disponível em todas as plataformas digitais e com direito a clipe da canção “Chamego” -, que embarca em uma jornada sonora pelas complexidades das relações humanas, refletindo as emoções que permeiam os estágios iniciais, intermediários e finais da vivência a dois. Composta por 12 faixas, a obra se destaca pela harmonia das vozes, arranjos de cordas e sopros, e uma marcante presença de violões e percussão. A produção, a cargo de Lourenço Rebetez e Pipo Pegoraro, ambos indicados ao Grammy Latino, garante um registro de alta qualidade.
Com influências musicais que abrangem desde a riqueza dos ritmos brasileiros e latinos, inspirado por Gal Costa, Mayra Andrade e Marisa Monte, até o encanto das lendárias vozes de Sarah Vaughn e Etta James, adquirido durante seus estudos de Jazz na Berklee School of Music, em Boston, ao ouvir “Coração na Boca”, o público pode aguardar uma experiência sonora envolvente em um misto de todas essas referências especiais e atemporais.
Foto: Stephan Solon