O cantor e compositor Jô Barros vem se destacando como um dos grandes nomes da nova geração da música baiana. Inspirado em artistas como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Madonna, Tim Maia e Rita Lee. Jô traz as referências da MPB para suas composições, propondo novos arranjos sonoros e a mistura de estética e música que formam uma identidade diferenciada.
O artista desenvolveu a paixão pela música ainda criança, mudou-se do município de Jacobina para Salvador na adolescência, para estudar e ir em busca do sonho de cantar nos palcos da terra do axé, estreando no Carnaval de Salvador em 2020. Reconhecido pelo público jovem, o cantor integra a nova cena musical soteropolitana.
“Comecei na igreja, desde os cinco já cantava na igreja e adorava ver as pessoas reagindo. Fui crescendo e descobrindo as novas possibilidades de música fora da igreja, lembro que logo tive contato com os doces bárbaros, Daniela, Lady Gaga, foi mágico! A partir daí decidi que queria cantar e seguir meu próprio caminho. Ganhei um teclado em um concurso de música do interior e a partir dali decidi cantar e tocar piano como forma de fazer arte, ofício. Assim comecei a trilhar esse caminho de luz”, conta Jô Barros.
Jô Barros lançou sua primeira composição em 2021, ‘Amor Bandido’, conta a história através do universo do pop com o piseiro, com referências nordestinas, já em ‘Encaixa’, segundo single, traz grandes referências em sonoridade do pagodão baiano. Para o mais recente lançamento, ‘Onda Boa’, o cantor apresenta um novo trabalho em ritmo tropical, e a afirmação do seu estilo musical e a potência da nova geração baiana.
Transcendendo o imaginário sonoro e trazendo uma musicalidade que foi se diferenciando com o passar dos anos, atualmente, o cantor negro, utiliza as letras das canções como instrumento de representatividade e apresenta a paixão pela música popular brasileira, reforçando a sua identidade. “Eu amo compor sobre minha vivência, meu jeito canceriano de ser, as descobertas da minha geração, minhas descobertas pessoais. Escrevo sobre minha identidade enquanto um menino vindo do interior para conquistar a capital, esse caminho de percalços e quero que quem escute se sinta representado e pense: ‘nossa, isso já aconteceu comigo’, essa conexão não tem preço”, acrescenta o artista.
Sempre atrelando a estética à mistura sonora, as composições têm identidade criativa inspiradas nos anos 2000. Em ‘Onda Boa’, com estilo que se reverbera na letra da música, a estética da capa foi assinada pela marca baiana Dendezeiro, pensada para trazer a sofisticação e sobriedade da década, mas sem perder o tom quente dos elementos que remetem ao clima solar da música e da atualidade.
“Não consigo enxergar música sem imagem, sem estética! Também, né? Tive escola de Madonna, Gaga, Daniela! Cresci vendo música aliado à estética e não separo um do outro! Em todos os meus projetos busco trazer uma identidade diferente, traduzir o que quero passar através da imagem, figurino, textura, nossa, amo muito”, conta.
Para o segundo semestre de 2023, Jô apresentará sessions com suas novas composições e participações especiais. “Vem aí três lançamentos bem importantes. Com o projeto sessions eu desejo que o espectador ao assistir mergulhe no meu universo, que sinta a onda boa que apresento por meio da minha canção de trabalho atual”, finaliza o cantor.
Foto: João Lima
