CINEMA DESTAQUE

CRÍTICA: “Mansão Mal Assombrada” diverte, mas não decola

Uma médica decide lagar a cidade grande e tentar uma nova vida com o filho na cidade em que sua mãe nasceu. O que ela não sabe, é que a mansão para onde decidiu se mudar traz história muito além da compreensão de qualquer ser humano e que, para consertar a situação, vai precisar de um time nada normal. E isso é só a ponta do iceberg que “Mansão Mal Assombrada”, da Disney, com estreia besta quinta-feira (28).

Quem já foi aos parques a Disney ou é daqueles que mesmo sem ir gosta de de pesquisar sobre as opções de lazer por lá, logo vê que a nova aventura de comédia e terror tem forte inspiração em uma de suas atrações, onde o visitante faz um pesseio de trem por uma mansão mal assombrada. A diferença aqui é que Gabbie (Rosario Dawson) e seu filho Travis (Chase Dillon), de apenas 9 anos, não apenas meros turistas curtindo minutos de um brinquedo. A casa nova que eles escolheram vivem conta com inquilinos hostis e muito misteriosos. Para tentar resolver a situação, a médica chama o Padre Kent (Owen Wilson) para uma sessão de exorcismo, que por sua vez, convoca o cientista Ken (Lakeith Stanfield), um viúvo extremamente frustrado com a vida. A situação não é tão simples como parece e, como reforço, também entram em campo a medium Harriet (Tiffany Haddish) e o nada normal historiador Bruce (Danny DeVito).
Com o grande elenco apresentado, e ressaltando também a presença de Jared Letto, Winona Ryder e Jamie Lee Curtis, “Mansão Mal Assombrada” começa com um clima leve e que começa a pesar ao mostrar a vida de Ken. Mas o drama é momentâneo e logo dá espaço para uma história mais descontraída e levemente assustadora. E é no mix de emoções e temas abordados que o diretor Justin Simien e a roteirista Katie Sippood começaram a ter problemas. São vários dilemas a serem abordados e nenhum deles passa do superficial. É como se o roteiro desse várias voltas para chegar no mesmo lugar e você diz um “ok, é isso…”. O que salva todos os momentos são as atuações impecáveis de todo o elenco, que é fantástico e tem um entrosamento gigantesco.
Do ponto de vista visual, “Mansão Mal Assombrada” é de encher os olhos. Os efeitos são muito bem feitos e enriquecem a experiência. A ambientação, mesmo que em sua maioria à noite, consegue ser nítida o suficiente para que detalhes sejam vistos e compreendidos. Está tudo no lugar certo, sem causar desconforto.
No geral, dizer que “Mansão Mal Assombrada” é um péssimo filme pode ser um pouco exagerado. É o filme que poderia facilmente ter estreado no Disney+, mas que não torna a ida ao cinema uma total perda de tempo. As crianças provavelmente vão se divertir.

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