CINEMA DESTAQUE

CRÍTICA: “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” é emocionante despedida

Mais de quarenta anos se passaram desde a primeira aparição de Indiana Jones nos cinemas. De lá para cá, o arqueólogo mais famosos do mundo entregou ao público quatro grandes aventuras e estreia nesta quinta-feira (29) sua quinta história, uma verdadeira carta de amor ao trabalho de Harrison Ford.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino é o primeiro da franquia sem a direção de Steven Spielberg. Agora sob a direção de de James Mangold (Logan, Ford vs. Ferrari),  Harrison Ford chega para dizer adeus a um personagens mais emblemáticos das películas de aventura. Aos seus 80 anos, o astro de Hollywood traz de maneira gradativa toda a energia de Indy, que foi visto pela última vez em 2008, em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2018). Cansado e desmotivado, ele está quase se aposentando da vida acadêmica e é surpreendido com a chegada de sua afilhada, Helena (Phoebe Waller-Bridge), que não veio apenas para visitar o querido padrinho. A jovem é a responsável por reascender o espírito aventureiro de Indy, o envolvendo em algo muito maior e perigoso do que ele poderia imaginar.

Como em todos os longas da franquia Jones, vários personagens ajudam a fazer a história brilhar. Assim como a Helena de Waller-Bridge, sem dúvidas um dos grandes acertos no elenco, a trama traz o jovem Ethann Isidore como Teddy. O garoto é o braço direito da afilhada de Indy e entrega sempre bons momentos ao lado dela e do veterano. Alguns críticos o apontam como uma bela homenagem ao Short Round de Ke Huy Quan em O Templo da Perdição (1984). Outro grande destaque fica por conta do vilão de Mads Mikkelsen, Jürgen Voller, um ex-nazista que trabalha para o governo americano e traz muita dor de cabeça para os mocinhos.

Além de entregar muita aventura, humor e ação, bem ao estilo Jones, Relíquia do Destino dá um abraço caloroso aos fãs com o retorno de Antonio Banderas e seu icônico Renaldo. O grande amigo do arqueólogo continua com o mesmo entusiasmo, sempre pronto a ajudar. Claro, sua presença poderia ser mais constante, mas funciona com as justificativas apresentadas no roteiro. Um outro retorno muito especial também emociona os fãs da franquia, mas prefiro deixar a curiosidade no ar.

De forma técina, Indiana Jones e a Relíquia do Destino é um filme milimetricamente feito para dar certo, principalmente levando em conta os 80 anos de Harrison Ford. Sem sobra de dúvidas, o ator ainda entrega muito em tela e é de brilhar os olhos ver sua performance nas cenas de ação. Os recursos de CGI também são aproveitados de maneira satisfatória, assim como os efeitos especiais. O único grande defeito (não tão grande assim), está em detalhes do roteiro de James Mangold em parceria com Jez Butterworth, John-Henry Butterworth e David Koepp, que por hora chegam a perder ritmo ou desandar em algumas resoluções.

Para quem é super fã de Indy, Indiana Jones e a Relíquia do Destino chega para dizer obrigado por me acompanhar. Aos que não conhecem, será uma ótima oportunidade para mergulhar nesta franquia de aventura que encantou gerações. Um final (será?) muito bem apresentado.

 

Por Robson Cobain

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