Porque choras Marvel!? Ok pessoal, finalmente temos. A redenção (canônica) da DC chegou.
Digo canônica pois, infelizmente parece que colocaram uma pá de cal no “canonicismo” do Snyder Cut, o que é uma tristeza para muitos. Independente disto, o nosso hermano argentino, o diretor Andy Muschietti, soube ter muito gingado para driblar todas intempéries que teve pelo caminho na Warner DC. Só para brincar de listar aqui, foram adiamentos, atores cortados por polêmicas com os antigos CEO e mudança de roteiro (vide o roteiro antigo com o Cyborg), pressão perante os insucessos anteriores da DC e os fãs selvagens do Snyder Cut, fusão e mudança na governança tanto administrativa como criativa, e óbvio, não podemos deixar de citar o conturbado momento do protagonista do filme, nosso “infame” Ezra Miller, que brincou de colecionar polêmicas e flertou com o Armagedom do universo compartilhado da DC. Coloque todos esses ingredientes acima na produção de um longa e obterás…SUCESSO!
O filme conta uma história baseada no aclamado arco Flashpoint dos quadrinhos e também animações, onde o Barry Allen corre tão rápido ao ponto de voltar no tempo e assim poder reparar o seu passado, salvando sua mãe de um assassinato e livrando seu pai de uma injusta condenação. Mas, como você já pode imaginar, nem tudo acontece como deveria e essa decisão desencadeia uma série de novos eventos na linha do tempo.
O filme não deixa você pregar os olhos do minuto um ao final. É entupido de ação, easter eggs, referências, homenagens à história da DC nas telonas e telinhas, e tudo isso sem perder a linha do roteiro e da narrativa. As inserções cômicas também são milimetricamente encaixadas e sempre com sucesso.
O(s) protagonista(s), mesmo problemático na vida real, consegue com muita habilidade conquistar nosso carisma e empatia, fazendo nos envolver ainda mais. E uso o plural no início pois, sim, é Ezra Miller em dose dupla.
É simplesmente um filme para o fã sair de alma lavada e ansioso para saber o que virá a partir daí. Mas, pra quem já é entendido das coisas, sabe bem que vem reformulação/renovação por aí, pois é isso que o arco Flashpoint representa.
Como já citado lá em cima, a DC passou por uma mudança de governança não só administrativa como também principalmente criativa, com a chegada de James Gunn para liderar todo o universo da Detective Comics. E que reforço senhores, pois a expectativa é grande. Inclusive é perceptível já neste The Flash, que o James Gunn pegou com bonde andando, o olhar do famoso diretor, conhecido pelo sucesso com os Guardiões da Galáxia na Marvel assim como no novo Esquadrão Suicida e O Pacificador já na própria DC.
Se você é fã do Flash, da DC, de ação, de ficção científica, de De Volta Para O Futuro, ou até mesmo de nada disso, por favor faça um favor a si mesmo e vá para os cinemas assistir The Flash, certamente terá um bom momento.
O filme possui uma cena pós-créditos após todas as letrinhas.
Por Matheus Costa – Colunista especial