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CRÍTICA: “Transformers: O Despertar das Feras” atualiza a franquia com sucesso

Cinco anos se passaram desde “Bumblebee”, última aventura dos Transformers para as telonas, que chegou a dividir opiniões entre os fãs. Após este merecido hiato, a franquia está de volta com a missão de se reinventar, cativando seu público fiel e conquistando novos espectadores.

Em “Transformers: O Despertar das Feras”, o planeta passa por uma nova ameaça e precisa de Optimus Prime e os Autobots se unam a uma poderosa facção de Transformers, os Maximals, para tentar uma salvação. Para fazer a mágica acontecer, o diretor Steven Caplen Jr agarrou a responsabilidade de dar vida a um universo grandioso, repleto de possibilidades, mas onde tudo tenha um sentido, uma motivação. Ele vai além de robôs gigantes com consciência e acrescenta uma dose a mais de carga emotiva para os já conhecidos e também aos novos nomes da franquia.

Assim como novos Transformers, sejam eles aliados ou inimigos, novos personagens humanos foram inseridos à franquia. São eles os irmãos Noah (Anthony Ramos) e Kris (Dean Scott Vazquez), e Elena (Dominique Fishback). Noah é um soldado do exército e especialista em tecnologia, que está em busca de um emprego na área de segurança para conseguir custear o tratamento médico de seu irmão. Já Elena trabalha em um recém inaugurado museu e tem o sonho de um dia fazer uma grande descoberta geológica. A dupla, que não se conhece, entra por acidente, de certa forma, no caminho de Optimus e sua equipe, mas se tornam fundamentais na caminhada, que é uma das mais difíceis já enfrentadas pelos heróis alienígenas.

Sobre a inclusão de novos personagens humanos, não há como passar despercebida a representatividade inclusa neste novo projeto. Aqui temos durante todo o percurso uma pesquisadora de artefatos negra, que enfrenta seus medos para ajudar a salvar seu planeta. Temos também um homem de origem latina, que descobre uma força e senso de trabalho coletivo que nunca imaginou ter. Com gestos pequenos ou grandes, a dupla é, sem dúvidas, inspiração neste momento de transformação do cinema internacional, onde cada vez mais estão dando voz aos que antes dificilmente teriam tamanho destaque em grandes produções.Neste cenário, vale citar também a presença de Mj Rodriguez, que soa incrível como a voz de Nightbird.

Em “Transformers: O Despertar das Feras”, tudo é muito bem construído, principalmente em relação à introdução de cada personagem na trama. O roteiro é direto e sem enrolações desnecessárias, o que faz a trama caminhar de forma fluída e sem a impressão de “enchendo linguiça”. O único elo fraco, ou quase isso, está no vilão, Scourge. Mesmo com a brilhante interpretação vocal de Peter Dinklage, o personagem não traz muitas novidades em relação à sua motivação e não consegue cativar. Falta à sua história uma carga emotiva maior, algo que torne seu nome lembrado quando falamos em antagonistas memoráveis na franquia Transformers.

No mais, Steven Caplen Jr e sua equipe estão de parabéns pelo resultado alcançado. Eles conseguiram manter o espírito Transformers e trazem novas possibilidades de poder (não vou dar spoilers). O breve pós-crédito também dá indícios dos próximos rumos, que parecem bem interessantes. O filme chega aos cinemas nesta quinta-feira (8), pela Paramount.

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