Creed está de volta com o terceiro filme da franquia, Mais do que apenas o boxe ele traz o lado mais emocional da Vida de Adonis e abre espaço para novas possibilidades em possíveis continuações para as telonas.

Para começar, Creed 3 traz como a principal mudança em relação aos anteriores a estreia de Michael B. Jordan como diretor. No projeto, Adonis Creed já se consagrou no mundo e dedica sua vida a descobrir novos talentos e à família. Com o retorno de um amigo de infância e ex-prodígio do boxe, Damian (Jonathan Majors), momentos do passado são desenterrados e a relação de amizade é reestabelecida. Adonis tem um sentimento de gratidão por Damin e  isso é o que lhe faz estender a mão para o amigo, que saiu da prisão após 18 anos. Mas, nem tudo parece resolvido, aos menos para Damian e um acerto de contas é inevitável.

Junto com os fantasmas do passado de Adonis, Creed 3 foca em sua vida pessoal, Sue esposa, Bianca, sua filha Amara, e sua mãe, Mary Anne, são figuras bastante presentes à todo momento, todas com suas história que complementam a narrativa do protagonista e mostram seu lado mais pessoal e vulnerável. Além disso, a reaproximação de Damian tem forte ligação com ações da mãe de Adonis, que interferiram diretamente no distanciamento deles neste 18 anos.

Mesmo com um grande foco na relação familiar de Adonis, sua relação de amizade e a reaproximação com Damian está sempre em primeiro plano em toda a trama. Neste ponto, é possível até afirmar que Jordan dividiu o protagonismo por igual com Majors em boa parte da produção. Em alguns momentos, o amigo de infância de Creed toma totalmente o foco e da história. Mas o campeão que todos conhecem não demora a crescer em cena e dominar todo o espaço, claro que dividindo de forma generosa com o ótimo elenco.

E se te lutas em Creed 3? Claro que tem e são de tirar o fôlego! B. Jordan soube aproveitar muito bem dos recursos e transformou cada cena em verdadeiros espetáculos. Vale muito assistir em uma sala IMAX, pela qualidade de imagem e som que é oferecida no longa.

Por fim, Creed 3 é a superação da franquia, que já era boa, e a estreia brilhante de Michael B. Jordan como diretor. Um filme que conseguiu se desvencilhar da imagem de Stallone, mas com todo o respeito ao seu legado. Bom trabalho de B. Jordan e dos roteiristas Zach Baylin e Ryan Coogler!

Por Robson Cobain