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CRÍTICA: “O Telefone Preto” entrega terror e emoção

Chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (21), O Telefone Preto. Nova produção da Blumhouse, o longa é sem dúvidas um dos lançamentos de terror mais consistentes do ano até o momento, com trama baseado no conto homônimo de Joe Hill.

Escrita por Derrickson e seu maior colaborador, C. Robert Cargill O Telefone Preto é aquele clássico thriller ambientado em décadas passadas, como o tradicional e bem feito tom de sépia. Nele acompanhamos uma sequência de desaparecimento de crianças em uma pequena cidade, até que o jovem Finney (Mason Thames) recebe o mesmo destino. Enquanto pensa em uma maneira de fugir do cativeiro, ele recebe a ajuda das outras vítimas. Do lado de fora, a polícia tenta resolver o caso, mas sem pistas concretas. A irmã de Finney, Gwen (Madeleine McGraw), diz ter sonhos que podem ajudar no caso, mas é desacreditada, principalmente por seu pai, um homem agressivo.

Como dito, a trama é uma das mais simples já apresentadas, mas é muito bem executada, sem grandes enrolações. As cenas são extremamente instigantes e te fazem a todo o tempo querer saber o que move o bizarro serial killer, vivido por Ethan Hawke. Ao mesmo tempo, cada detalhe descoberto por Finney te faz torcer por sua fuga, ainda que as possibilidades sejam pequenas e absurdas.

Por se passar na década de 70, onde a não há grandes avanços tecnológicos, O Telefone Preto tem as ferramentas certas para dar certo. Não há câmeras de vigilância em cada ponto da cidade para monitorar tudo que acontece, o que torna a ação do Sequestrador mais fácil. Não existem aparelhos de celular para permitir que rastreiem a última localização de cada criança raptada. Para alertar os moradores, as únicas formas possíveis são a TV, rádio e jornal. Já no cativeiro, a única coisa disponível é o telefone preto que, mesmo quebrado, toca algumas vezes de forma inexplicável.

Para que não admite sair da sala sem bons sustos, Derrickson entrega vários os momentos de jump scare. Intervenções sobrenaturais e o terror psicológico também somam para o bom andamento da trama, que tem um ritmo bastante acelerado, mas sem abandonar nenhum detalhe. Amém disso, mesmo para uma trama de terror, a equipe consegue entregar momentos que emocionam e até fazem rir, com destaque para a união dos irmãos Finney e Gwen, que já perderam a mãe.

O Telefone Preto é um filme que não recebeu um grande orçamento de produção, mas entrega muito mais que franquias caras. É um ótimo exemplo de que, quando a trama é bem escrita e desenvolvida, o resultado é totalmente positivo. Ele assusta, emociona e faz você sair da sala de cinema com a certeza que não jogou 1h43 minutos de seu preciso dia.

Por Robson Cobain

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