Lightyear é um “Spin Off” da série de filmes Toy Story, mas nem tanto. Com estreia nesta quinta-feira (16, o filme, na verdade, é o filme do filme. Só compliquei mais, né? Mas vou explicar agora, eu juro!
A trama começa já explicando que, o nosso pequeno Andy, lá na década de 90, ganhou o seu amado boneco Buzz Lightyear. Boneco esse que é inspirado no filme predileto do Andy, e é este filme que vamos ali assistir (“Lightyear”). Mais claro agora?
Bom, entendido isso, ficamos cientes também do motivo de não ser inteiramente um Spin Off, e sim mais para uma história de origem. Mas não do boneco que conhecemos, e sim do herói que originou o brinquedo.
Logo de início sentimos um pouco de estranhamento, e é na voz do Buzz. Nós brazucas estamos acostumados com a dublagem pelo Guilherme Briggs, desde o princípio. Dublador este que também dá voz a vários outros personagens da nossa infância, como em Castores Pirados, Padrinhos Mágicos e até mesmo Superman. Porém, aqui neste longa, o Buzz é dublado pelo Marcos Mion. Esta mudança não ocorreu apenas aqui no Brasil, já que no original, antes com Tim Allen, agora o nosso eterno Capitão América, Chris Evans, é o responsável pela voz original de Buzz. Mudança essa que se justifica, provavelmente, por agora não estarmos mais falando do Boneco, e sim do Personagem que inspirou a criação do mesmo.
O filme narra uma história quase que totalmente à parte da franquia principal do Toy Story, senão pelo fato de uma ou outra referência, que funcionam apenas por explicar algumas origens do universo do Buzz no universo de Woody. Mesmo assim, o filme segue a fórmula narrativa da franquia original, com uma aventura empolgante, emoções e tropeços pelo caminho, em busca de um objetivo final e suas lições. Mas isso não é ruim, muito pelo contrário. A fórmula, mesmo depois de muitos anos, ainda é emocionante e empolga, principalmente aqui neste filme que passa a ser uma versão turbinada, recheada de muito mais ação e momentos de torcida.
Lightyear é muito bem equilibrado, com piadas no timing, inocência e efetividade, personagens super empáticos e carismáticos. A história sempre te traz novos motivos para não perder a atenção e se manter firme junto ao Buzz e sua turma, na luta para conseguir fugir do Planeta o qual ficaram presos, após ter sua nave danificada em uma incursão de reconhecimento, e assim salvar a tripulação dos Patrulheiros Espaciais.
A trilha sonora é muitíssimo agradável e faz amplificar mais a imersão nos momentos de aventura do filme. Já os efeitos especiais e qualidade da animação seguem o alto padrão da Pixar.
Lightyear tem início, meio e fim bem definidos e encerra em si só, não dando margem clara para sequências. Porém, o mesmo não possui uma, mas sim TRÊS cenas pós créditos, e é na última de todas elas que temos um pequeno vislumbre de uma possível continuidade.
Por Matheus Costa – Colunista Convidado
LIGHTYEAR