Sentado na sala enquanto as crianças faziam aula, entre partidas de baralho, afazeres domésticos e o dia-a-dia do ficar junto imposto pelo isolamento social, Paulo Miklos se entregou à força da imaginação para pensar em um mundo mais afetuoso no pós-pandemia. E o resultado dessas canções está no seu quarto álbum, o segundo após a saída dos Titãs, chamado “Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém”. O trabalho chega ao público no dia 27 de maio em todos os tocadores digitais, com um clipe e três visualizers disponíveis no canal oficial do artista.
“Todo mundo ao mesmo tempo, aquela bagunça e eu compondo em um universo paralelo. Resolvi fazer um mergulho naquilo que realmente importa”, conta o cantor, compositor, ator e apresentador de televisão. Para Paulo Miklos, “a música sempre foi uma espécie de portal capaz de me transportar para outro lugar. E as canções não tratam de opressão, do momento difícil que todos estávamos vivendo e colocaram a humanidade em alerta. Mas daquela vida que a gente gostaria de viver. A arte como uma postura política, com sua capacidade de pintar um universo de desejos”.
A porta de entrada para esse mundo dos afetos de Paulo Miklos foi o single “É Assim Que Eu Sei”, faixa lançada no início do mês, em que o artista se questiona quais seriam os sinais deixados pela pessoa amada. Como ele canta: “Nossas roupas misturadas / Os sapatos nos pés trocados / Toalhas molhadas nos travesseiros / É assim que eu adivinho seus desejos”. A balada romântica ainda ganhou clipe estrelado por Mariana Xavier e seu namorado, o ator Diego Braga, que interpretam o casal.
Com uma sonoridade pop exemplar, o artista fala de amor, de amizade e de liberdade no restante do álbum que chega ao público. Desde o encantamento da paixão, em “Todo Esse Querer”, passando pela homenagem a um amigo, em “Sabotage Está Aqui”, a importância da escuta, em “Uma Conversa”, a liberdade em “Por Que Censurar O Amor?”, até a reinvenção de um casal em uma simples metáfora com um jogo de cartas, em “Se o Amor Ainda Existir”, parece que Paulo está nos mostrando a saída dessa vida que “às vezes fica pesada demais”.
A capa é assinada por Stephan Doitschinoff, artista plástico paulistano com mais de 20 anos de carreira e obras em museus na Irlanda, Estados Unidos e França, que se inspirou no universo multiartístico de Paulo: “Uma das ideias que eu tinha em mente é a imagem do poeta olhando para o céu à noite, observando os astros – para se inspirar, para escrever, às vezes pensando na sua amada, olhando para a lua. Acredito que alguns clássicos do cinema antigo trazem um pouco dessa poesia, como ‘O Sétimo Selo’, de Ingmar Bergman e ‘Viagem à Lua’, de Georges Melier.
“Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém” chega às plataformas no dia 27 de maio.
Faixas: 1 – Ao Teu Lado; 2 – Um Misto De Todas As Coisas; 3 – Todo Esse Querer; 4 – É Assim Que Eu Sei; 5 – Sabotage Está Aqui; 6 – Um Sopro; 7 – O Que Ela Quer; 8 – Mansa; 9 – Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém; 10 – Uma Conversa; 11 – Por Que Censurar o Amor?; 12 – Se O Amor Ainda Existir.
Foto: José de Holanda