Já dizia o clássico Chicó em O Auto da Compadecida: “fica rico, fica pobre, fica rico, fica pobre”. Mas o filme é outro, “Tô Ryca 2”, com direção de Pedro Antônio, estrelado por Samantha Schmütz.
Neste segundo filme, Selminha Oleria Silva, vulgo S.O.S. volta e continua sem juízo. Se no primeiro filme a missão era gastar 300 milhões em um mês, dessa vez o desafio é se sustentar com apenas R$30, isso porque surge na história uma suposta “verdadeira herdeira”, com o mesmo nome de Selminha e não resta à justiça outra solução senão bloquear os bens da riqueza até isso se resolver.
A partir daí, começam as maiores aventuras de uma pobreza que Selminha já experimentou, mas não queria relembrar. E, por mais que já tenha vivido, deve ser realmente complicado não ter mais acesso aos benefícios que uma vida mais abonada pode oferecer.
Samantha, como sempre impecável na atuação, tem o humor nas veias e divide cena com a também atriz e humorista Katiuscia Canoro. Mas sua personagem, a Luane, não apela tanto para o humor, é uma mulher apaixonada pelo marido, tímida e humilde, uma bela balança entre as duas personagens. Enquanto Selminha quer luxo, riqueza e ostentação, Luane está feliz só por ter um marido que a ama e uma casinha humilde e aconchegante.
No posto da rival de Selminha pela herança, temo a personagem homônimo vivida com maestria por Evelyn Castro. Suas cenas são recheadas de humor e pitadas de erotismo também cômico. Uma das melhores escolhas feitas para está brilhante continuação.
Porém Selminha é um furacão e deixa um rastro por onde passa. Sua homônima, tentando arrancar seu dinheiro vai ter muito trabalho e não será fácil deixá-la pobre de novo.
Um filme de humor escancarado, porém leve. Também não é pra menos, Samantha até calada faz rir, imagine envolvida numa história louca dessas?
Vale a pena conferir.
Por Rai Silva – Colunista Especial